segunda-feira, 17 de março de 2008

Juno

Ouvi dizer em algum lugar que foi indicado ao Oscar. Não vou checar a informação. Juno é um filme muito bonito, na mesma linha do Pequena Miss Sunshine. Esteticamente falando ele sai do convencional logo na abertura, onde um desenho animado se funde ao passeio da garota pela rua. As roupas, os cenários e o jeitão largado da menina me lembrou muito aquele seriado da década de 80: Punky (http://br.youtube.com/watch?v=f-j3P4_4k0I).
A história é sobre uma adolescente que engravida e resolve dar seu filho à um casal que terá mais condições psicológicas de criá-lo. Uma sacada esperta da menina, já que ela nem sabe no início do filme se é apaixonada pelo amigo que a engravidou. Achei o menino muito lerdão, mas depois me envergonhei desse pensamento porque vi que ele reagiria melhor do que eu na mesma situação. A menina é imatura, como qualquer adolescente, mas depois vemos que ela tem muita fibra e resolve à sua maneira todos os embaraços colocados pelos fatos. A família dela é muito gente boa, criando um ambiente favorável para as ações e decisões da personagem. Muito da força de Juno vem do apoio que seu pai lhe dá, já que ela fica rodando o dia inteiro com aquele carro e nunca vi ela parar num posto pra abastecer. E pagar! E olha que aquele utilitário que ela anda bebe muito!!!

O pior é que a família que ela pretende dar o filho não é muito mais madura e resolvida do que a dela. Portanto, o filho não terá uma mãe adolescente, mas se o ambiente adotivo será mais "normal" nunca saberemos. Saí do cinema com a impressão que o pai adotivo é sufocado por um casamento horrível e que o Pai de Juno seria muito melhor como referência masculina para a criança.

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