quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Com amor, Liza

Philip Seymour Hoffman é, para mim, um dos atores mais impressionantes do cinema americano, tendo lugar cativo na lista dos meus preferidos. Ele me chamou a atenção no Patch Addams, num papel pequeno, como colega de quarto do Robbin Williams. Fiquei encanado com o cara e fui atrás de filmes onde ele aparecesse mais. Pronto!


Indiquei "Capote" para um monte de gente que não concordou como sendo um grande filme. Explico. É uma grande atuação de Hoffman, pois ele sendo um cara pesado, lento e de uma presença espaçosa, interpreta um cara delicado, leve e completamente afeminado. Ator genial. Depois faço um post apaixonado sobre o Capote.


O filme de que falo nesse post, "Com amor, Liza" demorou três dias para ser digerido. Hoffman aqui é um webdesigner bem sucedido que vê sua vida desmoronar depois que sua esposa se suicida. Ele começa a desenvolver alguns comportamentos estranhos, cheirar gasolina e cria um apego quase doentio por aeromodelos. Sua esposa deixou um bilhete antes de morrer que ele não tem coragem de abrir e ler. Essas "últimas palavras" da mulher acompanha-o durante todo o filme. Enquanto isso, sua vida vai sendo destruída aos poucos: emprego, amigos, amores e tudo o mais.

Roteiro incrível e atuação perfeita (pra variar) do Hoffman, que retrata de uma forma assustadora como uma tragédia sem explicação pode trucidar um ser humano.